terça-feira, novembro 28, 2006

Melódico de cu é rola ¬¬

Em meio a uma discussão sobre Symphony X tive um pequeno pensamento (que não é algo incomum...). Sempre rolou de dizerem que SX é melódico, que não é, e o principal argumento dos que não gostam de SX é dizer que é melódico. Agora eu me pergunto: O que há de errado no melódico? Helloween por um acaso é ruim? As pessoas confundem a massificação do melódico com o estilo em si. Eu adoro melódico, gosto de várias bandas no estilo. Confesso que ouço muito mais progressivo e thrash do que melódico, mas ainda sou um defensor. Não procuro muita coisa nova dentro do melódico porque dificilmente se acha algo diferente. E é aí que os opositores caem de pau! Porque é tudo igual, velocidade, arpejos, dois bumbos, elfos e fadas. Com certeza virou uma modinha e todo mundo citava Tolkien e falava de temas transcedentais de forma bastante rasa. Mas dentre aqueles que realmente levam o melódico como bandeira, e não como forma de ascenção publicitária, há coisas ótimas! O Holy Land do Angra é um álbum excelente! Assim como o incontestável Keeper of the Seven Keys. E eu gosto bastante do Symphony of the Enchanted Lands do Rhapsody (agora Of Fire). Assim como gosto do Episode do Stratovarius. Só não dá pra dizer que o Kai Hansen cantando é muito legal, apesar do Gamma Ray ser uma ótima banda.

Symphony X não é melódico, e se fosse estaria tudo bem, porque o rótulo me é indiferente. Ultimamente não tô sendo nada purista. É incompatível ser progger e purista...

segunda-feira, novembro 20, 2006

O Arqueólogo Musical

Tem coisas que a gente se pergunta como viveu até hoje sem isso. Foi assim quando eu conheci Bon Jovi direito em 1992 (quando começou minha jornada no rock), com o Dream Theater em 2000, com o Freak Kitchen no início do ano e agora com Chico Buarque. Isso mesmo, só agora fui ouvir atentamente a Chico Buarque. E me pergunto como cabe tanta genialidade em versos curtos. E como esse cara compôs, e como tudo é ótimo! Ainda bem que, pelo menos na música, minha vida tem várias gratas surpresas...

E aproveitando essa minha derradeira descoberta fui assistir a um show de 4 mulheres cantando o repertório feminino de Chico Buarque, no SESC Tijuca, na última sexta. Ótimo, muito bom! Não é só pelos vocais muito bem casados e pelo instrumental excelente, foi a performance delas! Realmente interpretavam! Não tinha como não se encantar. Recomendo a todos que quiserem, vai ficar aqui até dia 3 de dezembro.

E nessa onda posto uma letra muito legal e viciante:


Chico Buarque - João e Maria
Sivuca - Chico Buarque
Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você
Além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava um rock
Para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigada a ser feliz
E você era a princesa
Que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Sim, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade
Acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo
Sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim

sábado, novembro 11, 2006

Sono ritornato

Volto aqui só pra mera atualização.
Comecei a trabalhar na Petrobras, as coisas parecem mais ajeitadas no meu namoro, e o orkontro de SP foi foda! Valeu pelo passeio e principalmente por conhecer essa galera retardada que quase foi expulsa (por duas vezes) do Geni. Janeiro tem o orkontro carioca, se Deus quiser (e não tem por que não querer...).

Pra passar meu tempo (que eu não tenho disponível, mas enfim) me presenteei com o livro O Povo Brasileiro - A Formação e o Sentido do Brasil, de Darcy Ribeiro. Hoje, ao passear na Livraria da Travessa da Rio Branco pra tomar um capuccino (que é um assalto, R$4,00!) resolvi dar uma folheada em um livro qualquer pra passar o tempo, e eis que me deparo com esse. Leio as abas, a contracapa, o prefácio e a introdução. Talvez nem precisasse de tudo isso pra saber que eu precisava ler esse livro, mas toda essa leitura me deu essa certeza. Uma viagem antropológica no Brasil, relatada em vários fatos históricos, na tentativa de narrar sob os pontos de vista dos índios e dos negros, já que a história brasileira como a conhecemos é do ponto de vista dos colonizadores. Nada de socialismo revolucionário, tipo: Os portugueses são amigos do capeta e os negros são a luz do universo, mas fazendo justiça quando tem que ser feita. Bom, amo História de paixão, esse tipo de leitura é meio que obrigatória, mas a faço por puro prazer... Um dia eu o leio todo, porque a dissertação não me permitirá tal feito...

Por hora é isso. E os piolhos que não me deixam em paz, por vários motivos... Não, não estou com piolho (pelo menos por enquanto e até agora).